Eu acho que ele dormiu. Hoje talvez seja o melhor dia dentre as últimas semanas. Eu posso falar com ela livremente. Eu sinto muitas saudades dela. Estou muito alegre por eles se irem.
Esse cheiro acre me causa nojo. Essas pessoas dormindo, essa televisão. A sobreposição dessas imagens causam-me asco. Asco. AS-CO!
Não entendo a razão de ter que sempre justificar minha solidão. Não entendem que eu preciso de solidão? É... acho que não. Todos tem uma fobia "esponjóide" de solidão e acham que o grande objetivo da vida e fugir da solidão, sem perceber que é uma fuga inútil, pois é uma fuga de si mesmo, como um cachorro girando tentando morder a ponta do rabo.
Mas eu sei - e também sei que todos sabem, se não admitem é por que preferem a mentira - que no final só vai restar eu mesmo. Que no final a solidão é a única realidade óbvia, concreta, palpável. Material.
No final de tudo sempre devo estar eu mesmo ali, estendido no chão, para consolar a metade vazia de mim e para completa-la com as condições necessárias para se reeguer, ainda que seja para se reerguer ante a morte.
Eu nunca estive tão feliz. Eles vão embora. Ela está aqui. A noite é muito curta. A noite é tão feliz... feliz... E esse cheiro acre, que me enoja, também lembra deles, que vão embora amanhã... E por isso sou feliz... feliz...
sábado, 5 de janeiro de 2008
Postado por Vinicius Falcão às 21:35
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1 Comment:
oi vi!!
akih...
c num ta sozinho naum.
:)
to sempre com c.
to com vc e cm a solidão.
soh eu vc e ela, pode?!
pode!!
c entende!
num entende??
hehe
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