Gozo solitário
Deitou na cama e, vagarosamente, fechou os olhos.
Esqueceu das horas. Há muito tempo a janela do quarto estava fechada. A única noção de tempo que tinha é que estava no período de carnaval. A luminosidade do sol, se por ventura nessa hora estivesse fazendo sol, seria evitada pela janela fechada. Não sabia se era dia ou noite. Sábado de carnaval ou quarta-feira de cinzas. Várias e várias vezes dormira e acordara desde a sexta-feira, quando decidiu não viajar no carnaval.
Ficara apenas ali, quase sem se mover em cima da cama quente. Não falara nada. Não se levantara para nada. Apesar da fome e da sede. Principalmente da sede.
Ali, em cima da cama quente. Apenas mais uma de tantas as vezes que acordara nesse carnaval. Fechou os olhos de novo, mas já sem vontade de dormir. Também sem vontade de levantar. Começou a pensar em coisas sem importância. Começou a tocar seu próprio corpo nu. Começou a se masturbar e a emitir grunhidos. Aquele som gutural e aquele cheiro acre se juntavam quase simbioticamente. Era uma experiência única. E cada vez mais a masturbação ficava mais intensa. E cada vez mais as coisas estranhas do pensamento eram mais estranhas. Até que as cobertas ficaram inundadas de gozo. E o cheiro se dissipou pela casa...
Virou de lado e dormiu. Mais uma vez.
Esqueceu das horas. Há muito tempo a janela do quarto estava fechada. A única noção de tempo que tinha é que estava no período de carnaval. A luminosidade do sol, se por ventura nessa hora estivesse fazendo sol, seria evitada pela janela fechada. Não sabia se era dia ou noite. Sábado de carnaval ou quarta-feira de cinzas. Várias e várias vezes dormira e acordara desde a sexta-feira, quando decidiu não viajar no carnaval.
Ficara apenas ali, quase sem se mover em cima da cama quente. Não falara nada. Não se levantara para nada. Apesar da fome e da sede. Principalmente da sede.
Ali, em cima da cama quente. Apenas mais uma de tantas as vezes que acordara nesse carnaval. Fechou os olhos de novo, mas já sem vontade de dormir. Também sem vontade de levantar. Começou a pensar em coisas sem importância. Começou a tocar seu próprio corpo nu. Começou a se masturbar e a emitir grunhidos. Aquele som gutural e aquele cheiro acre se juntavam quase simbioticamente. Era uma experiência única. E cada vez mais a masturbação ficava mais intensa. E cada vez mais as coisas estranhas do pensamento eram mais estranhas. Até que as cobertas ficaram inundadas de gozo. E o cheiro se dissipou pela casa...
Virou de lado e dormiu. Mais uma vez.