ESPECULAÇÕES
Sobre qualquer coisa ou sobre coisa alguma. Não faz diferença. Especulações. Isso é o que interessa agora. Eu só preciso escrever qualquer coisa. Nunca fiz um texto assim em tom “dialogal”. Desculpem se for muito “freudiânus” e se a linguagem mais “chula” não o agrada, não leia.
Estive observando, mas o mundo é machista e o símbolo disso é o formato fálico dos objetos. Garrafas, gravatas, lápis, canetas, microfones, chaves, controle remoto, pilhas, torneira, cano, porrete, revólver, bazuca, espingarda, machado, tubo de desodorante, farol, antenas, pára-raios, torre, árvore, braços, pernas, estradas, trens, metrôs, cenoura, mandioca, pepino, banana, pirulito, espeto, faca, palito de dente, espada, enxada, foice, escova de dentes, tubo de pasta, guitarra, dedos, tudo, tudo, tem o bendito formato fálico. As mulheres por exemplo, algumas delas não usam aquelas piranhas pra prender o cabelo, mas, sim, uma madeirinha, também em formato fálico. Em todos os locais tem isso. Um dos símbolos do poder dos reis era o cetro – querem algo mais fálico? E os mastros onde colocam as bandeiras. Porque tudo tem que ser fino e comprido? Porque essa distorção toda entre as medidas (comprimento e largura) das coisas? Tanta fixação assim pelo órgão sexual masculino parece nos dizer alguma coisa: vivemos numa sociedade machista.
Mas essa sociedade machista dentro do capitalismo já se mostra com outras peculiaridades que ganhou do capitalismo. Acho possível que o capitalismo, sim, só seja possível com o machismo. Não por acaso, não foi uma reunião de machos que fundou o capitalismo. O capitalismo não foi simplesmente fundado “declaramos fundado esse modo de produção e o batizamos de capitalismo”, é claro que isso não aconteceu, foi uma série de processos que levaram à transformação do mundo feudal ao que hoje conhecemos por mundo capitalista e é claro que isso não foi bem preciso, a história acontece de modo entrecortado. As coisas foram acontecendo, acontecendo, de modo quem algum dia alguém percebeu que certas relações da sociedade feudal foram perdidas em alguns locais e tendiam a se perder em outros locais, esse processo foi se alargando e hoje ainda conservamos sim modos de uma sociedade feudal, mas é quase nada, com certeza. Voltando para o trilho o argumento inicial: o capitalismo precisa do machismo, não porque ele tenha sido fundado por uma casta de machos, mas porque toda a história da propriedade e da própria humanidade foi machista – de um modo geral – provavelmente porque os povos primitivos se impusessem pela força e a mulher sai em desvantagem quando o assunto é força, tais costumes foram sendo repassados de tempos em tempos para as gerações e o machismo foi se propagando. Assim como era comum pensar que os negros constituíam uma raça inferior aos brancos quando se escravizava negros. O fato é que dentro do capitalismo o machismo só se acentua. A exploração do corpo da mulher em revistas de nudez explícita e em comerciais comprova isso. Mais ainda, o fato de haver “revistas masculinas” também confirma isso, pois as revistas masculinas têm menos vendagem, repercussão e quantidade que as femininas, ou seja, as próprias mulheres de uma forma geral não aceitam o fato de ver uma revista com homens pelados, mesmo estando cercadas de falos por todos os lados. A propalada “libertação feminina” também foi apenas uma falácia. A mulher não saiu de casa, ela ganhou as ruas somente porque o capitalismo precisou de mais mão-de-obra, ela vai ao trabalho para complementar as despesas do lar, mas, nem por isso, deixa de ter que cuidar dos serviços domésticos, ela faz apenas hora-extra no trabalho.
Estive observando, mas o mundo é machista e o símbolo disso é o formato fálico dos objetos. Garrafas, gravatas, lápis, canetas, microfones, chaves, controle remoto, pilhas, torneira, cano, porrete, revólver, bazuca, espingarda, machado, tubo de desodorante, farol, antenas, pára-raios, torre, árvore, braços, pernas, estradas, trens, metrôs, cenoura, mandioca, pepino, banana, pirulito, espeto, faca, palito de dente, espada, enxada, foice, escova de dentes, tubo de pasta, guitarra, dedos, tudo, tudo, tem o bendito formato fálico. As mulheres por exemplo, algumas delas não usam aquelas piranhas pra prender o cabelo, mas, sim, uma madeirinha, também em formato fálico. Em todos os locais tem isso. Um dos símbolos do poder dos reis era o cetro – querem algo mais fálico? E os mastros onde colocam as bandeiras. Porque tudo tem que ser fino e comprido? Porque essa distorção toda entre as medidas (comprimento e largura) das coisas? Tanta fixação assim pelo órgão sexual masculino parece nos dizer alguma coisa: vivemos numa sociedade machista.
Mas essa sociedade machista dentro do capitalismo já se mostra com outras peculiaridades que ganhou do capitalismo. Acho possível que o capitalismo, sim, só seja possível com o machismo. Não por acaso, não foi uma reunião de machos que fundou o capitalismo. O capitalismo não foi simplesmente fundado “declaramos fundado esse modo de produção e o batizamos de capitalismo”, é claro que isso não aconteceu, foi uma série de processos que levaram à transformação do mundo feudal ao que hoje conhecemos por mundo capitalista e é claro que isso não foi bem preciso, a história acontece de modo entrecortado. As coisas foram acontecendo, acontecendo, de modo quem algum dia alguém percebeu que certas relações da sociedade feudal foram perdidas em alguns locais e tendiam a se perder em outros locais, esse processo foi se alargando e hoje ainda conservamos sim modos de uma sociedade feudal, mas é quase nada, com certeza. Voltando para o trilho o argumento inicial: o capitalismo precisa do machismo, não porque ele tenha sido fundado por uma casta de machos, mas porque toda a história da propriedade e da própria humanidade foi machista – de um modo geral – provavelmente porque os povos primitivos se impusessem pela força e a mulher sai em desvantagem quando o assunto é força, tais costumes foram sendo repassados de tempos em tempos para as gerações e o machismo foi se propagando. Assim como era comum pensar que os negros constituíam uma raça inferior aos brancos quando se escravizava negros. O fato é que dentro do capitalismo o machismo só se acentua. A exploração do corpo da mulher em revistas de nudez explícita e em comerciais comprova isso. Mais ainda, o fato de haver “revistas masculinas” também confirma isso, pois as revistas masculinas têm menos vendagem, repercussão e quantidade que as femininas, ou seja, as próprias mulheres de uma forma geral não aceitam o fato de ver uma revista com homens pelados, mesmo estando cercadas de falos por todos os lados. A propalada “libertação feminina” também foi apenas uma falácia. A mulher não saiu de casa, ela ganhou as ruas somente porque o capitalismo precisou de mais mão-de-obra, ela vai ao trabalho para complementar as despesas do lar, mas, nem por isso, deixa de ter que cuidar dos serviços domésticos, ela faz apenas hora-extra no trabalho.
