Contra tempoDeixe o tempo passar
Ele apenas funciona
Como a velha engrenagem
Que parado apenas vê o
Mundo
Se movimentar ao seu
Redor
[como um turbilhão
de sentimentos inominados
Os sentimentos mais novos:
mais desnecessários;
Os sentimentos mais óbvios:
mais desencontrados.
Como as alcatéias desesperadas
Em noites de Lua Cheia:
Uivando sem parar, em desespero
para todos os lados:
contra o destino]
Volto-me contra a técnica do tempo
Cronos que mata seus filhos
E tempera seu almoço com as vísceras
E faz choriço com o sangue
O sangue do tempo é verde
Cronos agora morre com sua técnica
E tudo que é verde se apaga
[mas a grama ainda é grama
e não é verde
pois não é o verde que tem a grama
é a grama que possui o verde
mais variadas são as gramas
e somente verde, pode ser o verde,
ainda que não seja a grama
que dele se aproprie]
O que seria do tempo se não fosse
Sua técnica de mortificar?
Eu serei eterno, mesmo que eu seja
Arrebatado por suas garras:
ficarei do lado externo do terreno
que suas mãos podem alcançar.
2 Comments:
heheessss
testando
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