.
A ANARQUIA COMO ALTERNATIVA AO MODO DE PRODUÇÃO CAPiTALISTA (MPC).
Proponho, como modelo alternativo ao capital, a anarquia. Anarquia quer dizer, ao pé da letra, ausência de governo, não quer dizer ausência de regras, como muitos tentam – erroneamente – dizer. Porém essas regras, num modelo anárquico, não seriam efetivadas de “cima pra baixo” como é hoje em dia. As regras seriam definidas de forma horizontal, com a participação direta de todos.
Um dos princípios anárquicos é o federalismo. Ele serve justamente para que a horizon-talização do poder seja possível, já que é totalmente impossível haver uma participação de todos em “unidades políticas” com milhões de pessoas. Dessa forma, a anarquia exige que a unidade política tenha um “tamanho ótimo” de pessoas para que a horizontalização seja possível – somente para isso. Por outro lado, os países perdem a função – já que governos, estados e todas as instâncias verticais de poder deixam de existir – e todas as pessoas ao mesmo tempo que perdem a identidade de brasileiros, argentinos, noruegueses, etc... Ganham, em contra-partida, a noção de cidadão do mundo.
O anarquismo não defende um sistema, um conjunto de normas a serem seguidas, o anarquismo propõe, ao contrário, que cada grupamento humano possa, através da representação direta, decidir suas formas de organização, proporcionando, assim, uma maior liberdade para que o homem possa desenvolver suas potecialidades. O anarquismo não é uma receita de bolo para chegarmos aqui e dizer que “no anarquismo seria assim, assim e não pode ser diferente”, quem disser isso estará falando de qualquer coisa, menos de anarquismo. Embora cada pessoa possa ter sua particular visão – perspectiva – sobre uma organização anárquica, não existem “profetas” anárquicos, que pregam a “doutrina” de um “deus-anárquico”, cada indivíduo que comunga com os idéias de participação direta nas decisões coletivas – pressuposto geral do anarquismo – não só pode, como deve, ter sua própria visão do anarquismo. O anarquismo é um sistema que diz não às “verdades absolutas”¹.
Penso que não cabe a nós agora, a priori, descer às minúcias organizacionais de uma sociedade baseada na auto-gestão. Isso soa até contraditório, pois os indivíduos de cada coletividade têm o direito de escolher um modo peculiar de resolverem seus problemas e conflitos: desde que esse modelo consiga atender seu escopo, ele é bom. Eu posso dar minha opinião sobre isso – como, em linhas gerais disse acima –, você pode dizer a sua, mas não podemos dizer que numa sociedade anárquica vai ser assim E PONTO. Temos que respeitar a pluralidade e a LIBERDADE de cada comunidade. Nós devemos ter alguns princípios gerais e, a partir deles, cada uma das comunidades anárquicas vai moldando-se à sua maneira à anarquia. Desse modo não há uma anarquia, mas várias anarquia, baseadas nos mesmos princípios e propósitos da liberdade, igualdade, fraternidade e desenvolvimento das potencialidades individuais de seus membros. Porém, os métodos para atingir esses propósitos são particulares.
_______________
¹Nós devemos ter alguns princípios gerais, pois não há uma verdade absoluta, porém, justamente por não haver verdade absoluta, devemos ter alguns pressupostos e algumas verdades absolutas para chegar nesse estágio de não haver verdade absoluta. Essa questão da verdade absoluta é uma questão de erro lógico, se não há verdade absoluta então temos duas possibilidades: ou a frase está errada – e há uma verdade absoluta – ou a frase está parcialmente errada, pois ela é – tem pretensão de ser - uma verdade absoluta, dessa forma, para não cairmos em contradição, devemos ter algumas verdades absolutas, pontos de partida que norteiam nossa direção. Essas “verdades”, no nosso caso, são, por exemplo, o federalismo; a ausência de instâncias de poder (governo, estado); a não transferência de poder (responsabilidade), etc...
Proponho, como modelo alternativo ao capital, a anarquia. Anarquia quer dizer, ao pé da letra, ausência de governo, não quer dizer ausência de regras, como muitos tentam – erroneamente – dizer. Porém essas regras, num modelo anárquico, não seriam efetivadas de “cima pra baixo” como é hoje em dia. As regras seriam definidas de forma horizontal, com a participação direta de todos.
Um dos princípios anárquicos é o federalismo. Ele serve justamente para que a horizon-talização do poder seja possível, já que é totalmente impossível haver uma participação de todos em “unidades políticas” com milhões de pessoas. Dessa forma, a anarquia exige que a unidade política tenha um “tamanho ótimo” de pessoas para que a horizontalização seja possível – somente para isso. Por outro lado, os países perdem a função – já que governos, estados e todas as instâncias verticais de poder deixam de existir – e todas as pessoas ao mesmo tempo que perdem a identidade de brasileiros, argentinos, noruegueses, etc... Ganham, em contra-partida, a noção de cidadão do mundo.
O anarquismo não defende um sistema, um conjunto de normas a serem seguidas, o anarquismo propõe, ao contrário, que cada grupamento humano possa, através da representação direta, decidir suas formas de organização, proporcionando, assim, uma maior liberdade para que o homem possa desenvolver suas potecialidades. O anarquismo não é uma receita de bolo para chegarmos aqui e dizer que “no anarquismo seria assim, assim e não pode ser diferente”, quem disser isso estará falando de qualquer coisa, menos de anarquismo. Embora cada pessoa possa ter sua particular visão – perspectiva – sobre uma organização anárquica, não existem “profetas” anárquicos, que pregam a “doutrina” de um “deus-anárquico”, cada indivíduo que comunga com os idéias de participação direta nas decisões coletivas – pressuposto geral do anarquismo – não só pode, como deve, ter sua própria visão do anarquismo. O anarquismo é um sistema que diz não às “verdades absolutas”¹.
Penso que não cabe a nós agora, a priori, descer às minúcias organizacionais de uma sociedade baseada na auto-gestão. Isso soa até contraditório, pois os indivíduos de cada coletividade têm o direito de escolher um modo peculiar de resolverem seus problemas e conflitos: desde que esse modelo consiga atender seu escopo, ele é bom. Eu posso dar minha opinião sobre isso – como, em linhas gerais disse acima –, você pode dizer a sua, mas não podemos dizer que numa sociedade anárquica vai ser assim E PONTO. Temos que respeitar a pluralidade e a LIBERDADE de cada comunidade. Nós devemos ter alguns princípios gerais e, a partir deles, cada uma das comunidades anárquicas vai moldando-se à sua maneira à anarquia. Desse modo não há uma anarquia, mas várias anarquia, baseadas nos mesmos princípios e propósitos da liberdade, igualdade, fraternidade e desenvolvimento das potencialidades individuais de seus membros. Porém, os métodos para atingir esses propósitos são particulares.
_______________
¹Nós devemos ter alguns princípios gerais, pois não há uma verdade absoluta, porém, justamente por não haver verdade absoluta, devemos ter alguns pressupostos e algumas verdades absolutas para chegar nesse estágio de não haver verdade absoluta. Essa questão da verdade absoluta é uma questão de erro lógico, se não há verdade absoluta então temos duas possibilidades: ou a frase está errada – e há uma verdade absoluta – ou a frase está parcialmente errada, pois ela é – tem pretensão de ser - uma verdade absoluta, dessa forma, para não cairmos em contradição, devemos ter algumas verdades absolutas, pontos de partida que norteiam nossa direção. Essas “verdades”, no nosso caso, são, por exemplo, o federalismo; a ausência de instâncias de poder (governo, estado); a não transferência de poder (responsabilidade), etc...
0 Comments:
Post a Comment